Mamãe!não chores mais!Vês eu dormia.Na minha sepultura branca e esguia.A sonhar com os anjos lá do além.O teu pranto acordou-me, e ele é tão triste,Que a minha alma de filho não resiste,E eis-me portanto a soluçar também.Mamãe, não chores mais! Estou contente,Pois sinto minha boca ainda quente,Do teu último beijo de ternura;E no meu corpo, que supões gelado.Há o calor do seu abraço dado,Todos os dias nesta sepultura.Estou muito bonito, estou florido.Por tuas mãos de fada e bem vestido,Qual se fôra a igreja a batizar;E neste lírio que entre as mãos seguro,Inda fulge o diamante puro,De uma lágrima tua a palpitar.O meu ouvido guarda, murmurante,O som melífluo, harmônico e distanteDa tua voz que tanto amor traduz; e sobre minhas pálpebras descidas,Podem-se ver tuas feições queridas, na solidão do meu olhar sem luz.Mamãe não chores mais!Aqui ao lado, o lugar do teu leito está guardado.Quando tua alma for morar com Deus.
6 comentários:
Condoo-me com sua dor! Tenho filhos e nem queor imaginar-me em seu lugar...
Quando era pequeno, minha mãe declamava o poema que você colocou na blog. Infelizmente, não sei o autor e nem o nome do poema.
É muito bonito e traz-me lembranças de minha infância. Só é citado em seu blog. Pode me dar mais informações sobre ele?
Meu e-mail: ielpeixoto@ig.com.br
Obrigado desde já!
Emmanuel
darquinha,gostaria que você me ensinasse a suportar a dor de perder um filho. Hoje faz 25 dias que o meu filho de 24 anos foi vítima de um acidente de trãnsito e não resistiu. O meu coração está despedaçado e não sei se vou suportar tanta saudade. Me ajude.Sônia. Meu e-mail: soniamariafsa@hotmail.com
Boa tarde, reclamei mt esse poema, caso eu encontre em meus rascunhos te envio, tem ainda um final...e embalaras novamente teu filhinho, eternamente, ó mãe nos braços teus...
Reclamei
Olá
Eu também declamava essa poesia que aprendi com minha mãe, que também declamava. Toda vez que apresentava era um choro só. Abraços
A continuação é
Hás de cantar então devagarinho
Para emabalar de novo teu filhinho
Eternamente,oh mãe, nos braços teus!
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